O que eu vejo – o que me olha, 2021

Um reflexo desconhecido. Um estranhamento de si. Os olhos que me olham no espelho são de um outro, que é efêmero e que se transforma – ora em coisa, ora em nada. No silêncio do espelho encontro um lugar invisível, experimento a desincorporação e o confronto com o duplo. Vejo o que sou e antes de me definir já sou um outro. Se o futuro é uma projeção de incertezas, então o espelho é esse lugar incerto